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Postado em 15/01/2016 - 1:50
Infinitude e mistério
Galeria Luisa Strina recebe O céu que nos protege, nova individual de Marina Saleme

Questões que versam sobre a duvida em relação a figura e a sua real posição no mundo, a vulnerabilidade da existência, presença e principalmente ausência de todas as coisas frente ao tempo e espaço são uma constante no trabalho de Marina Saleme. Marina se formou em Artes Plásticas na Faap em 1982 e deu aula de pintura e seus processos criativos durante 10 anos no Instituto Tomie Ohtake. A artista trabalha desde então predominantemente com pintura, desenho e fotografia.
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Destacam-se as exposições individuais e coletivas no MAM Museu de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro, Paço Imperial (Rio de Janeiro), Paço das Artes (São Paulo), Centro Universitário Maria Antônia (São Paulo), MAM ( são Paulo) no Palácio das Artes (Belo Horizonte), Musée d’art contemporain de Baie-Saint-Paul (Canadá), na Embaixada do Brasil na França (Paris), entre outras.
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Suas obras estão em coleções públicas e particulares de destaque como o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; Coleção Instituto Figueiredo Ferraz (Ribeirão Preto); Instituto Cultural Itaú, São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo; Pinacoteca do Estado de São Paulo; Fundação Padre Anchieta / Metrópolis, São Paulo.
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Seu processo é lento e reflexivo: suas pinturas são feitas em camadas, assim como seus desenhos e fotos, também não imediatos.
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Trabalha com a criação, apagamento e resgate – o ato de apagar está relacionado com a impermanência das coisas ou mesmo das verdades. Trabalha formalmente e poeticamente a ausência e alternância entre o visível e invisível, real e irreal e os efeitos dos diversos pontos de vista sobre a verdade.
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Em alguns trabalhos, pessoas e paisagem pairam sob um imenso céu, que nos submete por sua imensidão, infinitude e mistérios, como uma metáfora para o incontrolável da condição humana. Um lugar de onde jorram as graças e desgraças (no trabalho da artista tomam forma de linhas, gotas, feridas, arabescos) e para onde alguns endereçam as suas preces.
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Na série de fotos Real, a realidade é questionada através de uma mesma imagem que sofre pequenas intervenções e que se desmente a cada vez, alternando radicalmente a perspectiva da real exposição dos elementos.
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As fotos são normalmente trabalhadas em série, onde uma imagem vai se desdobrando – fazendo ou discutindo o sentido das outras. A pintura retém todo os pensamentos no seu interior, tudo é construído – mesmo as imagens apagadas. Cada avanço guarda a dívida com o que precede (Francis Alÿs).
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Marina Saleme trabalha a pintura como linguagem – ferramenta para a construção de lugares onde as coisas possam estar – ou não, finalmente.
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O título ‘O céu que nos protege’ foi tomado emprestado do filme homônimo de Bernardo Bertolucci de 1990.

Serviço

De 18 de Fevereiro a 26 de Março
Segunda a Sexta das 10 às 19h / Sábados das 10 às 17h.
Rua Padre João Manuel, 755, Cerqueira César, São Paulo

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exposição