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(Foto: Mariana Bley)
Postado em 19/11/2015 - 11:05
Acervos: performance
Ampliação da pesquisa sobre o tema da Performance reunindo citações aos acervos documentais da Enciclopédia Itaú Cultural e projetos do instituto

VERBETES

Performance
Forma de arte que combina elementos do teatro, das artes visuais e da música. Nesse sentido, a performance liga-se ao happening (os dois termos aparecem em diversas ocasiões como sinônimos), e neste o espectador participa da cena proposta pelo artista, enquanto na performance, de modo geral, não há participação do público. (…) As relações entre arte e vida cotidiana, assim como o rompimento das barreiras entre arte e não arte constituem preocupações centrais para a performance.

Imagem do periódico Rex Time (Foto: Fábio Morais)
Imagem do periódico Rex Time (Foto: Fábio Morais)

Grupo Rex
O Grupo Rex tem atuação marcada pela irreverência, humor e crítica ao sistema de arte. Os mentores da cooperativa, Wesley Duke Lee (1931-2010), Geraldo de Barros (1923-1998) e Nelson Leirner (1932) projetam um local de exposições – a Rex Gallery & Sons – além de um periódico – o Rex Time – que deveriam funcionar como espaços alternativos às galerias, museus e publicações existentes.

Parangolé
Fruto das experiências de Hélio Oiticica (1937-1980) com a comunidade da Escola de Samba Estação Primeira da Mangueira, no Rio de Janeiro, o Parangolé é criado no fim da década de 1960. Considerado por Hélio Oiticica a “totalidade-obra”, é o ponto culminante de toda a experiência que realiza com a cor e o espaço.

PROJETOS

Burla: Divergências, contrastes e outros carnavais
O projeto dirigido por Giorgia Conceição, com participação especial de Elke Maravilha, foi contemplado pelo Rumos 2013-2014. Burla prevê a realização de um espetáculo, um curta-metragem e um site, com o objetivo de analisar, articular, produzir e estimular
a cena burlesca no Brasil, vinculando-a ao panorama internacional.

(Foto: Felipe Ribeiro)
(Foto: Felipe Ribeiro)

Projeto Mundano
Formado por livro, performances e exposição nas rua do Rio de Janeiro, o Projeto Mundano tem o intuito de propor novas relações entre as pessoas e a cidade. O projeto integra a programação do Rumos 2013-2014 e a diretora Eleonora Fabião, doutora em Performance pela Universidade de Nova York, se apresentará em novembro no Performa 2015.

Duo for Voice and String Instrument and Variations for Double Bass (1962), performance de Benjamin Patterson na Galeria Parnass, Wuppertal (Foto: Zadik Zentralarchiv des Internationales Kunsthandels, Köln)
Duo for Voice and String Instrument and Variations for Double Bass (1962), performance de Benjamin Patterson na Galeria Parnass, Wuppertal (Foto: Zadik Zentralarchiv des Internationales Kunsthandels, Köln)

Fluxus
O movimento fluxus é menos que um estilo, um conjunto de procedimentos, um grupo específico ou uma coleção de objetos, que traduz uma atitude diante do mundo, do fazer artístico e da cultura que se manifesta nas mais diversas formas de arte. (…) Seu nascimento oficial está ligado ao Festival Internacional de Música Nova, em Wiesbaden, na Alemanha, em 1962, e a George Maciunas (1931-1978), artista lituano radicado nos Estados Unidos, que batiza o movimento com uma palavra de origem latina, fluxu, que significa fluxo, movimento, escoamento. O termo, originalmente criado para dar título a uma publicação de arte de vanguarda, passa a caracterizar uma série de performances organizadas por Maciunas na Europa, entre 1961 e 1963. (…) As músicas de John Cage e Paik, comprometidas com a exploração de sons e ruídos tirados do cotidiano, têm lugar central na definição da atitude artística do Fluxus. Trata-se de romper as barreiras entre arte e não arte, dirigindo a criação artística às coisas do mundo, seja à natureza, seja à realidade urbana, seja ao mundo da tecnologia. Além da música experimental, as principais fontes do movimento podem ser encontradas num certo espírito anárquico de contestação que caracteriza o dadaísmo, nos ready-mades de Marcel Duchamp (1887-1968) e em sua crítica à institucionalização da arte, e na action painting de Jackson Pollock (1912-1956), com ênfase no processo de criação ancorado no gesto e na ação (…). No Brasil, alguns críticos apontam parentescos entre o Grupo Rex, com o movimento fluxus. Integrantes do Fluxus estiveram presentes na 17a Bienal Internacional de São Paulo, em 1983, e têm uma ala dedicada à exposição de obras e documentos do grupo.