icon-plus
Obra de Higo Joseph na Temporada de Projetos (Foto: Divulgação)
Postado em 07/07/2021 - 12:25
Agenda do fim do mundo (7/7 a 14/7)
Temporada de Projetos, Guga Szabzon, Gabriella Garcia e Grupo Aranha são alguns dos destaques da semana

“Me parece que a única maneira de trabalharmos atualmente com mediação – sem se converter em ilustração (ou representação) de um discurso pré-dado -, considerando as problemáticas políticas, éticas e socioculturais atuais e o declarado gosto pelo conflito levado ao pé da letra pela sociedade brasileira nos últimos tempos, é por dissenso. (…) Trata-se de uma mediação que parte do desencontro e tem clareza sobre isso, portanto, atua e joga com isso” Mônica Hoff e Cayo Honorato em Mediação não é representação: uma conversa em Agite Antes de Usar, Sesc Edições

EXPOSIÇÕES
Temporada de Projetos
Celebrando os 25 anos do edital, o Paço das Artes inaugura a segunda exposição do ano, agora com nove projetos artísticos. Os projetos selecionados foram: “Encontro Marcado II” de Amanda Mei, “Um dia com os Friesser” de Ana Caroline de Lima, “Lembranças de Paisagem” de Bruno Faria, “Objetos Funcionais” de Fábio Menino, “Força Volátil” de Fernando Soares, “Todo fragmento parte de um todo. Todo tempo é também fragmento.” De Gabriel Torggler, “Simbiose” de Higo Joseph, “Rebote” de Rodrigo Linhares e “Peso da Biblioteca Ausente” de Simone Moraes. A mostra coletiva gratuita abre no próximo dia 10 de julho às 12h e permanecerá aberta até 10/10. Avenida Higienópolis, 618 ou Rua Doutor Veiga Filho, 13.

Equilibrista, 2020 (Foto: Divulgação)

Dia e Noite, Ainda É Longe?
Com curadoria e texto de Diego Matos, a Galeria Superfície inaugura a exposição individual de Guga Szabzon com trabalhos inéditos produzidos entre 2020 e 2021. Dando continuidade a sua pesquisa sobre lugares imaginados e perguntas sem resposta, Guga apresenta uma série de obras em tecido e feltro, cujos desenhos bordados estabelecem uma relação entre dia e noite, onde a racionalidade diurna e o mistério evocado pela noite convivem e se complementam. O aumento de escala dos trabalhos e os diversos conjuntos também refletem essa relação com o tempo e escancaram não só uma nova dinâmica entre a artista e o tempo de sua produção, mas também sua própria percepção temporal. De 14 de julho a 28 de agosto de 2021. Rua Oscar Freire, 240, São Paulo.

Nós não somos assim tão fortes, 2021 (Foto: Divulgação)

Esse Sonho Pode Nunca Acontecer
A artista Gabriella Garcia estreia em individual da Galeria Lume com pinturas e esculturas inéditas carregadas de símbolos da história da arte clássica, que trazem reflexões em torno do pensamento hegemônico que pairava nos séculos anteriores. A pesquisa de Gabriella Garcia reflete sobre dualidades, como o sólido e o etéreo, o volume e o plano bidimensional, o passado e o presente. A artista traz ao público 29 obras organizadas em dois atos e, aberta a múltiplas leituras, contando com olhares distintos e complementares em textos críticos assinados por quatro curadores: Carollina Lauriano, Guilherme Teixeira, Ode e Paulo Kassab Jr. “Aberta a múltiplas releituras, a exposição nos permite libertar o espírito crítico à luz da imaginação e despertar para uma leitura de mundo multiforme”, finaliza Paulo Kassab Jr., curador e sócio da Lume. Abertura dia 17 de julho a partir das 11h. Até 25/9. Rua Gumercindo Saraiva, 54 – Jardim Europa, São Paulo.

Vista da exposição Língua Solta (Ciete Silvério/Divulgação)

Língua Solta
A exposição que marca a reabertura do Museu da Língua Portuguesa tem curadoria de Fabiana Moraes e Moacir dos Anjos e reúne um conjunto 180 artefatos que ancoram seus significados no uso das palavras, como objetos da arte popular e da arte contemporânea, apresentados de maneira embaralhada, de forma a questionar as hierarquias estabelecidas. Destaque para a obra Eu Preciso de Palavras Escritas, manto bordado por Arthur Bispo do Rosário. “A língua é solta porque perturba os consensos que ancoram as relações de sociabilidade dominantes, tanto na vida privada quanto na pública. Incorporada em imagens e objetos diversos, ela sugere outros entendimentos possíveis do mundo. E tece, assim, uma política que é sua”, diz Moacir dos Anjos. O projeto assume a língua como operador social que não somente reflete, como também reorganiza formas de vida. “A gente entende que a língua é um espaço de disputa de poder, e vai se refletir em questões várias do Brasil – de raça, de classe, de gênero e de geografias”, diz Fabiana Moraes. Abertura em 31/7.

Vista do mural do Grupo Aranha (Foto: Divulgação)

DEBATE
Grupo Aranha | Arte e Cidade na Década de 80
O MAC Dragão do Mar, a Galeria Multiarte e o Grupo de Estudos Multiarte realizam encontro virtual entre os artistas Hélio Rôla e Eduardo Eloy e as curadoras e pesquisadoras Luciana Eloy e Cecília Bedê. O diálogo parte do grande mural sobre lona de caminhão executado pelo grupo em 1990 e que hoje está exposto na mostra Um desvio nem sempre é um atalho, com curadoria do Núcleo Educativo do MAC Dragão. O evento que resgata a história e as práticas do coletivo seminal de ativismo urbano com pintura muralista integra o ciclo programático “Férias no Dragão”. A live gratuita acontecerá nesta quarta-feira, 7/7, a partir das 17h, no YouTube do Dragão.

Frame De Origem Africana (Foto: Divulgação)

CINEMA
Dias com Viviane: Trajetória Audiovisual de Viviane Ferreira
A Cinemateca do MAM apresenta ao público mostra online e gratuita que apresenta o percurso da diretora Viviane Ferreira que começou a construir sua carreira no audiovisual na virada da primeira década do século XXI. Entre curtas e médias metragens de ficção ou documentais, além de videoclipes e outros formatos de produção, Viviane estabeleceu-se como uma importante referência do audiovisual negro brasileiro. Foi a segunda mulher negra a dirigir um longa-metragem no Brasil, com o filme Um Dia Com Jerusa (2020). A produção de Viviane nasce num momento de transição tecnológica, de estruturação de novas políticas públicas e de expansão da produção fora dos eixos tradicionais e hegemônicos de produção do audiovisual no Brasil. As sessões foram divididas em cinco programas, que seguem uma ordem cronológica das realizações da diretora. A mostra ficará em cartaz até dia 5 de agosto na página oficial da Cinemateca do MAM no Vimeo.

Banner do Festival de Campos do Jordão (Foto: Divulgação)

MÚSICA
51º Festival de Campos do Jordão
O tempo começa a esfriar e já começamos a pensar naquele chocolate quente acompanhado de uma música de peso, não é não? A programação clássica de férias do Festival de Campos de Jordão terá transmissão online e ao vivo em 2021. E as apresentações, que acontecem em Campos do Jordão e na Sala São Paulo, também terão formato presencial, sendo respeitados todos os protocolos e restrições em vigor em função da pandemia. O evento organizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo acontece até dia 1 de agosto no YouTube do festival e na plataforma Cultura em Casa.

Foto: Divulgação (Thiago Diniz/Rolé Carioca)

ARQUITETURA
Rolé na Rede: Rio, Capital Mundial da Arquitetura
O Rolé Carioca é um projeto cultural organizado pelo Estúdio M’Barakå que pesquisa, cataloga e difunde conteúdo sobre o patrimônio histórico e cultural do Rio de Janeiro. Criado em 2013 a partir de passeios presenciais por diferentes roteiros, contando histórias sobre o Rio e seus personagens, o Rolé Carioca expande sua atuação em 2021 se dedicando a ouvir histórias de moradores e trazer reflexões sobre o espaço urbano por meio de ações virtuais como o Rolé na Rede. O próximo passeio virtual versará sobre o título dado pela Unesco para o Rio de Janeiro, como Capital Mundial da Arquitetura e sede do Congresso Mundial de Arquitetos em 2021. Os convidados Roberta Baltar e William Martins serão os guias nesse rolé que acontece dia 25/7 às 10h via Zoom divulgado nas redes do projeto.

Capa do Livro Grupo Galpão (Foto: Divulgação)

TEATRO
Grupo Galpão – Tempos de Viver e de Contar
A trajetória de quase 40 anos do grupo Galpão é documentada e analisada em nova publicação com textos de Eduardo Moreira e ensaio do crítico Valmir Santos. O livro revela histórias e bastidores da lendária companhia mineira de teatro, das ideias que começaram a tomar forma no início da década de 1980 até os tempos pandêmicos de 2021. De Belo Horizonte para o mundo, o Grupo Galpão sempre mesclou influências dos clássicos da dramaturgia ocidental, da cultura nacional e da voz das ruas, formatando, assim, um dos mais ricos portfólios das artes cênicas. A live de lançamento da publicação ocorrerá no dia 15/7 às 19h no Youtube do Sesc Pinheiros com participação de Eduardo Moreira, fundador e diretor artístico do Grupo Galpão e Inês Peixoto, atriz, diretora, dramaturga. Edições Sesc SP, 2021, 351 págs

Capa do Livro (Foto: Divulgação)

INFÂNCIA
As Fabulosas Fábulas de Iauaretê com Cia Pé do Ouvido
Nessa obra, Kaká Werá conta as aventuras de Iauaretê, uma onça que, por magia de Tupã, vira gente de noite. Iauaretê apaixona-se pela jovem Kamakuã e tem com ela dois filhos muito diferentes: o caçador Juruá que, por vaidade, começa a destruir a natureza; e o canoeiro Iauaretê-Mirim, que no mergulho de sua relação com todos os seres, inicia o caminho para se tornar pajé. Para Débora Sperl e Lilia Nemes, contadoras de histórias da Cia. Pé do Ouvido e idealizadoras do projeto, “por meio das trajetórias opostas das personagens criadas por Kaká, somos levadas a pensar em como nos relacionamos com a vida, com a natureza e quais são os reflexos dessa relação em nós mesmas.” Ao longo deste mês de julho, a Cia. Pé do Ouvido realiza as oficinas “Formas de Abordar a Questão Indígena em Sala de Aula” e “Infância Indígena”, para educadores, crianças e famílias, ambas conduzidas por Rita Carelli e por Sandra Nanayna.

Frame do desenho Era uma vez Tudo Verdim, crianças da etnia Pankararé, 2013

Manual de Instruções para Perder-se numa Floresta
Com a cineasta Patrícia Alves Dias, o curso voltado para as crianças retoma a máxima de Walter Benjamin de que “saber orientar-se numa cidade não significa muito. No entanto, perder-se numa cidade, como alguém se perde numa floresta, requer instrução”. Serão realizados 04 encontros-passeio [virtuais] na Floresta da EAV – Parque Lage. Em tempo real, a câmera subjetiva guiará as crianças numa experiência de (re)viver o contato com a natureza de forma remota. Ao fim de cada encontro, as crianças produzirão obras experimentais de imagem em movimento ou brincadeiras óticas com ou sem o uso de dispositivos eletrônicos. De 10 a 31/7. Sábados, das 11h às 13h. Para crianças de 7 a 10 anos. Valor: R$ 380,00