ABERTURAS
Ópera Citoplasmática
A partir desta sexta, 15/7, o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, recebe a exposição coletiva, com curadoria de Diego Mauro e Luana Fortes. Com 23 artistas e cerca de 70 obras, a mostra propõe um diálogo com o próprio espaço expositivo do Olho, fazendo com que a sua especificidade arquitetônica participe do projeto. A luminosidade controlada do local possibilita um desenho expográfico e uma ambientação experimental, incorporando a curvatura do teto e o vidro escuro das janelas como elementos importantes. A seleção dos artistas estabelece uma multiplicidade de linguagens, que inclui pintura, escultura, instalações, vídeos, projeções de texto, intervenções sonoras feitas especialmente para a exposição e interferências espaciais. Entre os artistas estão Boto, Fernanda Galvão, Gabriel Pessoto, Ilê Sartuzi, Janaína Wagner, João GG, Juan Parada, Juliana Cerqueira Leite, Luiz Roque, Mariana Manhães, Maya Weishof, Motta & Lima, Paola Ribeiro, Rafael RG, Renato Pera e Wisrah Villefort. R$ 30.
Cultivo
A partir de uma investigação do que seria o conceito oposto de “produção” e “manutenção”, a mostra coletiva envereda por “ideais sobre colaboração, transição, tempo, colonização, ciclo, vida, morte, luto e outras possibilidades de mundos e existências”, de acordo com Raphaela Melsohn, organizadora da exposição que abre neste sábado, 16/7, na Marli Matsumoto Arte Contemporânea. Com trabalhos inéditos no Brasil de artistas como Dana DeGiulio, Gordon Hall, Joseph Liatela, Rasel Ahmed e Adama Delphine Fawundu, a mostra sugere o encontro de cultivos individuais ou coletivos, privilegiando a fricção entre as obras, mais do que repetição ou aproximações temáticas.
EM CARTAZ
Evento Celestial, de Felippe Moraes
Com curadoria de Sylvia Werneck, o artista carioca apresenta mostra de videoarte, na Villa Mandaçaia, com cinco trabalhos, desenvolvidos desde 2009, sendo um deles inédito e produzido em 2020. As obras contam com participações das drag queens Alaska Thunderfuck 5000, estrelando The Drag that Said Phi (2017), e Márcia Pantera, em Panthera Lemniscata (2021), com trilha do duo NoPorn. Além de questões de gênero, o artista aborda a matemática, o cosmos e o intangível, assuntos que perpassam toda a sua produção. “A mostra proporciona um olhar muito abrangente, começando com uma das minhas primeiras obras em vídeo, Dos Templos (2009), até o mais recente Panthera Lemniscata, de 2021”, afirma Moraes. Hoje, 13/7, das 17h às 20h, e nos dias 16/7 e 20/7, o artista e a curadora conversam com o público sobre a individual.
O Vazio Abarcado, de Aline Moreno e Jeff Barbato
O Museu da Cidade – Casa de Vidro, em Campinas, apresenta a mostra com trabalhos sobre questões geopolíticas e geográficas. A pesquisa de Barbato aborda seu corpo fissurado, desdobrando-se pela ideia de natureza rasgada pela ação humana colonizadora, com a instalação Abundantes em Veios de Ferro e a série Raio-Rio. Já Aline Moreno apresenta, além de pinturas de paisagens em escalas próximas à humana, Paisagem Infinita, escultura circular feita de gesso, madeira e papelão que sugere em sua superfície um relevo semelhante ao de uma montanha ou oceano. A maioria das obras foi produzida para a exposição, entre 2021 e 2022, no intuito de propor reflexões acerca do envolvimento dos artistas com cidades do interior do estado de São Paulo.
Intervenção de Luna Bastos e Diego Mouro
Durante o mês de julho, o Centro Cultural São Paulo é palco das intervenções dos artistas contemporâneos, cujos trabalhos pretendem refletir o presente e o futuro a partir do conceito de ancestralidade. Bastos apresenta Memórias do Amanhã, mural de 162 metros pintado na caixa d’água do CCSP. A obra é inspirada no provérbio do povo Akan, de Gana: “não é tabu voltar para trás e recuperar o que você esqueceu ou perdeu.” Na intervenção proposta por Mouro, a relação entre ancestralidade e memória é abordada por meio do olhar para o cotidiano. Em cenas comuns, o artista busca representar a cultura negra afrodiaspórica, que firma sua existência nas tarefas diárias e no elo entre o novo que vem do velho e o velho que vira novo. A obra inédita está localizada no painel próximo às mesas de xadrez, na área de convivência.
Modernidades Emancipadas
Com mais de 80 obras de 38 artistas, a mostra, na Danielian Galeria, traça um panorama histórico e expandido do que se convencionou a chamar de modernidade no Brasil. Os curadores Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto propõem um olhar ampliado, a partir da ideia do modernismo como um “movimento de transformação política, social, cultural e econômica, e influenciável na produção artística brasileira para além do que apresenta a história da arte tradicional”. O percurso da exposição é cronológico, e as obras, produzidas entre a metade do século 19 até os anos 1960, articulam-se em quatro eixos centrais: A Paisagem como Transformação; O Ser Moderno – uma Estética Identitária; Modernidade em Construção e Territórios de Re-existência. Até 18/8.
MÚSICA
Solta a Voz
Em sua terceira edição, o festival online começa amanhã, 14/7, das 19h às 23h, homenageando a voz que ecoa das periferias, símbolo de luta, resistência e criatividade: a cultura hip hop. O evento visa difundir o estilo pelo país, oferecendo ao público qualidade e diversão com um line-up composto pela nova cena do rap. Referências no afropunk, as irmãs Tasha e Tracie trazem à tona a valorização da cultura periférica e a luta contra o racismo. O rapper do litoral paulista, Renan MC, mais conhecido como Kyan, une o funk, rap e trap em suas composições, criando um som único. O terceiro show da noite fica por conta do rapper carioca Major RD, que se tornou um dos grandes nomes do rap nacional através de seu flow, voz e lírica inéditas. Na ocasião, os finalistas do Concurso Cultural Para Live Painting, Cristiane Oliveira e Douglas Terra, apresentam ao vivo suas produções. Transmissão via Facebook do evento.
LITERATURA
IMAGINÁRIA_Festa do Fotolivro
Começa hoje, 13/7, em São Paulo, a primeira edição presencial do festival, organizado pela editora Lovely House, no Edifício Vera, centro histórico da cidade. A feira surge com o objetivo de ampliar a visibilidade e a circulação de publicações de arte e fotografia, e também de discutir, refletir e fomentar a produção de fotolivros. Até domingo, 17/7, mais de 20 expositores apresentam cerca de 400 títulos de autores brasileiros e internacionais. Entre os destaques estão Rio Baile Funk, de Vincent Rosenblatt, Asphalt Flower, de Claudia Jaguaribe, Atlas Drag, de Regis Amora, entre outros.
FÉRIAS
Pavilhão Aberto 2022
A Fundação Bienal de São Paulo realiza, neste sábado, 16/7, às 10h, o terceiro encontro do programa, que tem como objetivo abrir o pavilhão para livre circulação do público, além de oferecer uma programação gratuita, com oficina de dança, atividade para crianças, visita guiada e conversa aberta. Com o título de Ações para uma Cidade Compartilhada, o destaque do evento é a conversa com o padre Júlio Lancellotti e a artista visual Carmela Gross, às 16h, sobre como os equipamentos públicos dialogam com a ideia de uso coletivo do espaço e determinam a maneira como as pessoas se relacionam com a cidade. A programação inclui, ainda, visita mediada ao Pavilhão com a equipe da Bienal, oficina livre de dança free step na marquise do MAM e programação especial para as crianças. Todas as atividades são gratuitas. Mais informações pelo link.