A já mais importante exposição do ano, inaugurada em 2 de janeiro de 2023 no Museu Nacional da República para coincidir com a festa da posse, ganha contornos proféticos após o atentado golpista de 8/1. O fascismo promoveu o inimaginável domingo em Brasília, e os dois principais resultados foram a reunião histórica de todos os governadores de estado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes do Legislativo e do Judiciário no dia seguinte, selando um pacto nacional pela democracia; e o grito da maioria da população por “anistia nunca mais”, o que deve selar o futuro judicial do ex-presidente (eleito por uma facada, condenado por um golpe cancelado). Sobre os avanços do diálogo democrático acerca da diversidade cultural e a identidade do país, e também em torno da icônica pintura Orixás (1962), de Djanira da Motta e Silva, a mostra coletiva, com curadoria de Lilia Schwarcz, Rogério Carvalho, Paulo Vieira e Márcio Tavares, está temporariamente fechada por razões de segurança. Assim que reabrir, vamos correndo ver as obras de Daiara Tukano, Desali, Edgar Kanaykõ Xakriabá, entre (muitos) outros, divididas em três núcleos para celebrar a democracia e resgatar os símbolos nacionais; revisitar pautas do feminismo, da negritude, dos povos originários, do movimento LGBTQIA+ e da diversidade de olhares; e convidar o público a refletir sobre a riqueza étnica, de gênero, regional e de linguagens presentes na cultura do Brasil. Em cartaz até 26/2