
A mostra é uma colaboração da Pina com a Maison Gacha, em Paris, e a Fondation Jean-Félicien Gacha, no Cameroun, para trazer 129 peças têxteis de diferentes origens africanas. Organizadas em sete núcleos, as peças refletem os conhecimentos e tecnologias ancestrais de diversas etnias e a riqueza da herança cultural ligada à produção têxtil. Para além do deslumbre com métodos, tingimentos, texturas, formas escultóricas e adornos trabalhados minuciosamente, os tecidos trazem as visões cosmogônicas e rituais de suas origens. Essas marcas de ancestralidade colocam em perspectiva a diferença da produção desses povos, indissociada de sua vida espiritual e comunal, para a produção têxtil industrial do ocidente – esta, sim, desprovida de qualquer diversidade real. Nas palavras da artista Igi Lola Ayedun para o catálogo da mostra, a diversidade “confronta imposições uníssonas y disseca a minuciosidade do que, por coerção, se tornou historicamente desconhecido”. Com curadoria de Renato Menezes e Danilo Lovisi, estará em cartaz até 2/2.