“Quanto a nós, negros, como podemos atingir uma consciência efetiva de nós mesmos enquanto descendentes de africanos se permanecemos prisioneiros, ‘cativos de uma linguagem’ racista? Por isso mesmo, em contraposição aos termos supracitados, eu proponho o de amefricanos (“amefricans”) para designar a todos nós”, escreveu Lélia Gonzalez na obra Por um Feminismo Afro-latino-americano (Zahar, 2020). As teorias pioneiras e libertárias da filósofa Lélia Gonzalez ganham exposição no Sesc Vila Mariana, em São Paulo, para ampliar o conhecimento sobre esse nome fundamental do pensamento antirracista e homenagear a seu legado. Com curadoria de Raquel Barreto e Glaucea Britto, a mostra se organiza em núcleos temáticos; “Festas populares”, “Peles negras”, “Máscaras negras”, “Racismo e sexismo na cultura” e “De Palmares às escolas de samba, estamos aí”. A partir de 26/6.