Em nova série de pinturas, o artista se debruça sobre as manifestações culturais do Recôncavo Baiano. Acompanhada por ensaios críticos de Keyna Eleison e Luiz Antônio Simas, a exposição individual na Galeria Nara Roesler de São Paulo apresenta a pesquisa de Elian Almeida acerca da cultura afro-brasileira a partir de noções de deslocamento: “Nasci duas vezes no mesmo lugar”, afirma o artista sobre a região do Cais do Valongo, primeiro com a chegada de seus ancestrais neste porto, e em 1994, no local. Almeida vê na migração da população baiana para o Rio de Janeiro as origens de um encontro cultural que fomentaria a emergência de expressões de resistência da cultura afro-diaspórica, em especial no território conhecido como Pequena África, no Rio de Janeiro.