Vão, de Bruno Cançado, e Evocativos, de Claudio Cretti, estão em cartaz ao lado do museu em Ouro Preto que guarda a memória do Brasil colonial. Criado com o objetivo de ser um museu histórico, o Museu da Inconfidência passa por uma renovação em seu plano institucional pautada na nova definição de museu pelo ICOM (Conselho Internacional de Museus), definida em conselho em 24/8 do ano passado, em 2022. O Programa pretende ampliar seu alcance e abrigar outras narrativas brasileiras, em especial, na arte e na história, além de posicionar a instituição no debate entre o tempo atual e a colônia. Tanto Bruno quanto Claudio têm inserção no circuito comercial e institucional artístico e, em comum, uma prática que se aproxima pelo uso de materiais como fio condutor de construções que parecem instáveis, quase como gambiarras. Um dos trabalhos de Cançado está instalado ao lado de uma imagem sacra do museu – um bloco de adobe maciço remete ao contorno de santos e aos óculos das igrejas barrocas.