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Cena de Um Memorial para Antígona [Foto: Divulgação]

Espetáculo parte da tragédia grega de Sófocles para trazer ecos à Lei da Anistia está em cartaz no Teatro da USP, no Centro Universitário Maria Antonia, em São Paulo. Em cartaz até 14/5, inserida na mostra Teatro Pós-Trauma, o conjunto da peça se apoia no mito que descreve o impasse de sepultar ou não o corpo de Polinices, entre suas irmãs, Antígona e sua Ismene. Antígona clama pela desobediência da ordem que parte de Creonte, governante de Tebas em guerra, que o corpo de Polinices não seja sepultado e sim ultrajado:“Que sua carne seja levada pelas feras e pelos urubus”, destaca a divulgação  o trecho do texto. A violência da morte e sua memória no texto grego é localizada em paralelo ao material de documentos históricos e públicos sobre o debate da Lei de Anistia no Congresso Nacional, relatos de antigos presos políticos, familiares de militantes mortos e desaparecidos durante o período ditatorial no Brasil. O material pesquisado pelo Comitê Escondido, que produz a montagem, surge não só na atuação, mas na cenografia e no ritmo empregado nas cenas. Criada em 1979, a Lei inocentou qualquer indivíduo responsável por crimes de natureza política entre os anos de 1961 e 1979. A mostra Teatro Pós Trauma segue até 18/6 e terá a peça Verdade, do Tablado de Arruar em cartaz a partir de 25/5. No mesmo prédio, está em cartaz até 10/12 a exposição de longa duração Imagem-Testemunho: experiências de presos políticos da ditadura civil-militar.

Teatro
Um Memorial Para Antígona
Teatro da USP, São Paulo
Cena de Um Memorial para Antígona [Foto: Divulgação]
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