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Vídeo Lobisomem (2016), de Janaina Wagner, artista selecionada da 22ª Bienal Sesc_Videobrasil [Foto: Pivô/ Everton Ballardin]
Postado em 01/03/2023 - 9:21
Selecionades da 22ª Bienal Sesc_Videobrasil
Com abertura prevista para outubro deste ano, no Sesc 24 de Maio, a mostra celebra 40 anos da associação com artistas de países estreantes no evento
Da Redação

Intitulada A Memória É uma Ilha de Edição, frase retirada de poema de Waly Salomão (1943-2003), a 22ª Bienal Sesc_Videobrasil ressurge depois de quase dois anos de reclusão por conta dos impedimentos pandêmicos. Com curadoria de Raphael Fonseca e da queniana Renée Akitelek Mboya, a edição celebra 40 anos da organização, dedicada inicialmente a imagem em movimento no Brasil e que, ao longo das décadas, se expandiu para abarcar as mais variadas linguagens artísticas.

A proposta curatorial da edição buscou selecionar trabalhos que tratem das memórias coletivas, das lembranças e esquecimentos que constroem narrativas históricas e sociais, relativas a povos, nações e regiões geográficas. “A Bienal trará obras e pesquisas majoritariamente relacionadas à memória e identidade tanto individual como coletiva. Poderíamos falar de uma abrangência cada vez maior de artistas oriundos de países inéditos no Brasil, como Curaçau, Martinica, Serra Leoa, por exemplo, e coletivos africanos e do Oriente Médio. Ficamos extremamente felizes com a qualidade das proposições artísticas”, conta Solange Farkas, diretora artística da Videobrasil, à seLecT_ceLesTe. No total, foram 2.726 artistas e coletivos inscritos via chamada aberta. Confira a lista de selecionades:

Abdessamad El Montassir, Marrocos
Abdul Halik Azeez, Sri Lanka
Abu Bakarr Mansaray, Serra Leoa
Adrian Paci, Albânia
Agnes Waruguru, Quênia
Ali Cherri, Líbano
Alicja Rogalska
Katalin Erdődi, Réka Annus, Women’s Choir of Kartal, Polônia
Andrés Denegri, Argentina
Andro Eradze, Geórgia
Anna Hulačová, Tchéquia
Antonio Pichilla Quiacain, Guatemala
Arturo Kameya, Peru
Bo Wang, China
Brook Andrew, Austrália
Camila Freitas, Brasil
Cercle d’Art des Travailleurs de Plantation Congolaise (CATPC), República Democrática do Congo
Doplgenger, Sérvia
Eduardo Montelli, Brasil
Euridice Zaituna Kala, Moçambique
FAFSWAG, Nova Zelândia
Froiid, Brasil
Gabriela Pinilla, Colômbia
Guadalupe Rosales, EUA
Hsu Che-Yu, Taiwan
Isaac Chong Wai, Hong Kong
Iwantja Arts, Austrália
Janaina Wagner, Brasil
Josué Mejía, México
Julia Baumfeld, Brasil
Karel Koplimets, Maido Juss, Estônia
Kent Chan, Singapura
La Chola Poblete, Argentina
Leila Danziger, Brasil
Maisha Maene, República Democrática do Congo
Maksaens Denis, Haiti
Marie-Rose Osta, Líbano
Maurício Chades, Brasil
Mayana Redin, Brasil
Mella Jaarsma, Indonésia
Moojin Brothers, Coreia do Sul
Natalia Lassalle-Morillo, Porto Rico
Nolan Oswald Dennis, Zâmbia
Pamela Cevallos, Equador
PENG Zuqiang, China
Rodrigo Martins, Brasil
Sada [regroup], Iraque
Samuel Fosso, Camarões
Seba Calfuqueo, Chile
Sofia Borges, Portugal
TANG Han, China
Thi My Lien Nguyen, Vietnã/Suíça
Tirzo Martha, Curaçau
Tromarama, Indonésia
ujjwal kanishka utkarsh, Índia
Virgílio Neto, Brasil
Vitória Cribb, Brasil
Waly Salomão, Luciano Figueredo, Oscar Ramos, Brasil
Youqine Lefèvre, China
Zé Carlos Garcia, Brasil

O número foi um dos mais altos de toda a história da mostra e é extremamente representativo dos territórios do Sul Global. A edição destaca o aumento de 77% nas inscrições de mulheres em relação à edição passada – elas agora representam mais da metade do total de artistas; o crescimento de 246% nas inscrições de pessoas que se identificam como não binárias e outros gêneros, e um número 36% maior das inscrições de coletivos. Por fim, há um aumento significativo no número de artistas indígenas que participaram da seleção.