Artista e curadora se reencontram oito anos depois da mostra Pintura Reencarnada (Paço das Artes, 2004) – quando Angélica de Moraes expôs obras da série Flying Carpets (2003-2004), de Alex Flemming, defendendo como pintura os objetos de parede em que artista encerrava em estruturas high tech pedaços de tapetes orientais recortados em formato de avião – denúncia e memória das perturbações entre Oriente e Ocidente no início de século.
O livro de autoria de Angélica de Moraes sobre a obra do artista Alex Flemming tem lançamento amanhã às 11h na Pinacoteca do Estado.
Flemming explora diversas técnicas em sua obra – fotografia, pintura, serigrafia e gravura – criando imagens impactantes, como os trabalhos expostos na estação Sumaré do metrô de São Paulo. O livro conta com um ensaio da crítica de arte Angélica de Moraes sobre a importância da técnica fotográfica na trajetória do artista brasileiro. O texto destaca algumas influências na formação de Flemming: a experiência com o grafite, o aprendizado com a artista Regina Silveira e o fotógrafo Cristiano Mascaro.
A monografia traz ainda uma entrevista do artista à autora, cronologia e reproduções de dezenas de obras, documentando diferentes séries e períodos de sua carreira. A edição é complementada com fac-símiles de páginas das agendas de Flemming, nas quais ele registra eventos cotidianos, ideias e referências utilizadas em seu processo criativo.
Angélica de Moraes é crítica de artes visuais, curadora independente e repórter especial da seLecT. Atuou como crítica no jornal O Estado de S. Paulo e organizou exposições para diversas instituições, entre elas o Museu de Arte de São Paulo (MASP), o Museu de Arte Moderna (MAM-SP), a Pinacoteca do Estado (SP) e o Paço Imperial (Rio de Janeiro).
Alex Flemming
Angélica de Moraes
Ed. Cosac Naify
R$71,00