A 16ª Lyon Biennale: Manifesto of Fragility posiciona a fragilidade no centro de uma forma generativa de resistência que é empoderada pelo passado, sensível ao presente e provedora para o futuro. Ao reconhecer a fragilidade como uma das poucas verdades universalmente sentidas em nosso mundo dividido, a Bienal reúne uma série de práticas e objetos artísticos criados ao longo de dois milênios que falam de várias maneiras sobre as vulnerabilidades de pessoas e lugares, passados e presentes, próximos e distantes. Concebida como uma declaração coletiva por meio de palavra, imagem, som e movimento de autoria de 200 artistas e criadores, a Bienal convoca uma comunidade de vozes resilientes para esboçar um manifesto para um mundo frágil. A mostra está estruturada em três camadas distintas, mas interconectadas, em que a fragilidade e a resistência são exploradas pelas lentes do indivíduo, da cidade e do mundo, respectivamente.
The Many Lives and Deaths of Louise Brunet, em exibição no 3º andar do macLYON, é uma releitura ficcional da vida obscura de Louise Brunet, uma jovem que foi mandada para a prisão por seu papel na revolta das tecelãs de seda de Lyon, em 1834, apenas para se encontrar alguns anos depois em uma perigosa jornada de Lyon para as fábricas de seda do Monte Líbano.
Beirut and the Golden Sixties, em exibição no 1º e 2º andares do macLYON, destaca colisões entre arte e ideologias políticas durante uma era romantizada de influência global em Beirute – a cidade onde Louise Brunet desembarcou cerca de um século antes, começando com a Crise do Líbano de 1958 e terminando com a eclosão da Guerra Civil Libanesa, em 1975.
A World of Endless Promise, em exibição em doze locais da cidade de Lyon, incorpora várias faces da fragilidade por meio de obras de arte contemporâneas e históricas, novos site-specifics comissionados e uma diversidade de objetos. Apresenta um panorama de momentos passados e atuais de perseverança global e propõe formas futuras de estar no mundo.
O destino de Lyon sempre foi marcado pelas particularidades de seu povo e pelos traços de suas experiências. A 16ª Bienal de Lyon inspira-se nas histórias em camadas do local, incorporadas nas fundações romanas de Lugdunum, nos ecos da declaração de amor de Napoleão aos Lyonnais, ou nas imagens trêmulas das notícias dos irmãos Lumière, só para citar algumas. Manifesto da Fragilidade se inspira nesses relatos locais enquanto busca conexões além dos limites da geografia e do tempo. Eternamente cíclica, a nossa fragilidade repetidamente vem à tona, nos encara de frente, independente de quem somos e onde estamos, depois parece sumir, enquanto permanece sob a pele grossa do tempo, adormecida mas não desaparecida, silenciosa, mas nunca silenciada.
Participantes:
- A.B. (éditeur)
- Abdullah Al Othman
- Abraham Van Der Eyk
- Adel Al-Saghir
- Ailbhe Ní Bhriain
- Alessandro Varotari dit Padovanino
- Alexandre Promio
- Alexandre-François Desportes
- Alfred Basbous
- Amina Agueznay
- Ann Agee
- Annika Kahrs
- Antoine Coysevox
- Aref El Rayess
- Assadour Bezdikian
- Augustin Thierriat
- Aurélie Pétrel
- Ayné (imprimerie Veuve)
- Buck Ellison
- Carlo Portelli
- Cemile Sahin
- Chafa Ghaddar
- Christina Quarles
- Cici Sursock
- Clemens Behr
- Clément Cogitore
- Dana Awartani
- Daniel De Paula
- Daniel Otero Torres
- David Teniers II dit le Jeune
- Devambez (imprimeur)
- Dia Al-Azzawi
- Dorothy Salhab Kazemi
- E. Caryocost
- Emile Vernet-Lecomte (d’après)
- Erin M. Riley
- Eszter Salamon with the Jeune Ballet of the CNSMD Lyon (under the artistic direction of Kylie Walters)
- Etel Adnan
- Etienne Dinet
- Eva Fàbregas
- Eva Nielsen
- Evita Vasiljeva
- Farid Aouad
- Farid Haddad
- Fateh Al-Moudarres
- Filwa Nazer
- Francisco Tamagno (imprimeur)
- Gabriel Abrantes
- Georges Doche
- Georges-Brunet Mahuet
- Giulia Andreani
- Hannah Levy
- Hannah Weinberger
- Hans Op de Beeck
- Hashel Al Lamki
- Hashim Samarchi
- Helen El-Khal
- Henri-Gatien Bertrand
- Huguette Caland
- J. Sibilat
- J.E Goossens (graveur)
- J.P. Clerc (graveur)
- James Webb
- Jamil Molaeb
- Jean Claracq
- Jean-Baptiste Charlier
- Jean-Baptiste Frénet
- Jean-Baptiste Monnoyer
- Jeremy Shaw
- Jesse Mockrin
- Joachim Bandau
- Joana Hadjithomas & Khalil Joreige
- Joanna Piotrowska
- Johann Gregor Von der Schardt (d’après)
- Johann Ludwig Rudolph Durheim
- John Hadidian
- Jose Dávila
- Joseph Basbous
- Joseph-Auguste Brunier
- Jr. Hudinilson
- Julian Charrière
- Juliana Seraphim
- Julio Anaya Cabanding
- Jumana Bayazid El-Husseini
- kennedy+swan
- Khalil Zgaib
- Kim Simonsson
- Klára Hosnedlová
- Laure Ghorayeb
- Leyla Cárdenas
- Louis Boulanger
- Louis Bouquet
- Lovis Corinth
- Lucas Cranach
- Lucia Tallova
- Lucien Jonas
- Lucile Boiron
- Lucy McRae
- Léo Fourdrinier
- Mahmoud Said
- Mali Arun
- Markus Schinwald
- Marta Górnicka
- Mehdi Moutashar
- Michael Zeno Diemer
- Michel Basbous
- Michelle & Noel Keserwany
- Mohamad Abdouni
- Mohammed Al Faraj
- Mohammed Kazem
- Mona Saudi
- Morelan (faïencier)
- Muhannad Shono
- Munem Wasif
- Nadia Kaabi-Linke
- Nadia Saikali
- Nadine Labaki and Khaled Mouzanar
- Nicki Green
- Nicolas Daubanes
- Nicolas Moufarrege
- Nina Beier
- Néstor Jiménez
- Olivier Goethals
- Omar Rajeh and Mia Habis
- Organon Art Cie
- Paul Guiragossian
- Pedro Gómez-Egaña
- Philipp Fleischmann
- Philipp Timischl
- Philippe de Lassalle
- Phoebe Boswell
- Pierre Combet-Descombes
- Puck Verkade
- Raed Yassin
- Rafael França
- Rafic Charaf
- Randa Maroufi
- Richard Learoyd
- Rémie Akl
- S. Farges (éditeur)
- Salman Toor
- Saloua Raouda Choucair
- Sara Sadik
- Sarah Brahim
- Sarah del Pino
- Seher Shah
- Semiha Berksoy
- Shafic Abboud
- Simone Baltaxé Martayan
- Simone Fattal
- Studio Safar
- Sylvie Selig
- Tarik Kiswanson
- Taryn Simon
- Tony Garnier
- Toyin Ojih Odutola
- Ugo Schiavi
- Vachon-Imbert
- Valeska Soares
- WangShui
- William de Niewkerque
- Young-jun Tak
- Zhang Ruyi
- Zhang Yunyao
- Özgür Kar
(Tradução Juliana Monachesi)