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Lute (1967), de Carlos Zilio, na exposição AI 5 50 Anos – Ainda Não Terminou de Acabar (Foto: Ricardo Miyada)
Postado em 19/12/2018 - 3:30
MELHORES DE 2018
As exposições coletivas e individuais preferidas dos críticos e jornalistas da seLecT
Da Redação

COLETIVAS
AI-5 50 Anos – Ainda Não Terminou de Acabar
Curador: Paulo Miyada
Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
A exposição buscou discutir os custos da retirada de direitos democráticos para o imaginário cultural do País, em resposta aos 50 anos do Ato Institucional Nº 5, marco do agravamento do totalitarismo da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985).

 

Popsicles (1982-1984), da chilena Gloria Camiruaga em Mulheres Radicais (Foto: cortesia da artista)


Mulheres Radicais – Arte Latino-Americana, 1960-1985
Curadoras: Cecilia Fajardo-Hill e Andrea Giunta
Pinacoteca do Estado de São Paulo
A exposição, fruto de pesquisa exaustiva, mostra as contribuições de 120 artistas latino-americanas, chicanas e latinas, de 15 países, para as linguagens experimentais da arte contemporânea. Foi mostrada no Museu Hammer de Los Angeles e no Museu do Brooklyn antes de chegar à Pina.

 

Penny Dreadful (2017), de Nina Chanel Abney, em Histórias Afro-Atlânticas (Foto: cortesia da artista, Jack Shainman)


Histórias Afro-Atlânticas
Curadores: Adriano Pedrosa, Lilia Schwarcz, Ayrson Heráclito, Hélio Menezes e Tomás Toledo
Museu de Arte de São Paulo e Instituto Tomie Ohtake
Com 450 trabalhos de 214 artistas, do século 16 ao 21, a exposição internacional traça paralelos, fricções e diálogos entre culturas visuais, vivências, cultos e filosofias dos chamados territórios afro-atlânticos, que incluem a África, as Américas, o Caribe e a Europa. O Brasil é território central nessas histórias, pois recebeu quase metade dos 11 milhões de africanos escravizados trazidos pelo Atlântico. Também foi o último país a abolir a escravidão mercantil com a Lei Áurea de 1888, que não previu um projeto de integração social, perpetuando até hoje desigualdades econômicas, políticas e raciais.

 

Profecias (2018), de Randolpho Lamonier, em Arte Democracia e Utopia (Foto: Divulgação)


Arte Democracia e Utopia – Quem Não Luta Tá Morto
Curador: Moacir dos Anjos
Museu de Arte do Rio (MAR)
A mostra trouxe exemplos do pensamento utópico na arte brasileira recente e do passado, além de propostas e ações de grupos comunitários, associações e outras articulações da sociedade civil que visam a construção de estruturas de atuação política e social.

 

Gravuras da série Rrose Sélavy (2018) em jornal de Anna Bella Geiger no Solar dos Abacaxis (Foto: Márion Strecker)


INDIVIDUAIS
Anna Bella Geiger – Circa MMXVIII
Curador: Bernardo Mosqueira
Solar dos Abacaxis, Rio de Janeiro
Exposição ágil e contundente da artista, que está com 85 anos, com obras criadas logo depois do incêndio do Museu Nacional, além de outras realizadas durante os chamados Anos de Chumbo no Brasil.

 

Answer Me (2008), de Anri Sala, no IMS (Foto: Paula Alzugaray)


Anri Sala: O Momento Presente
Curadoras: Heloisa Espada
Instituto Moreira Salles, São Paulo
A segunda exposição do artista albanês no Brasil expandiu a ocorrida em 2016 no IMS do Rio. As videoinstalações sonoras do artista propõem uma avaliação crítica do mundo contemporâneo, justapondo situações pessoais, políticas e históricas.

 

The Ten Largest, No. 1, Childhood, Group IV (1907), de Hilma af Klint (Foto: Albin Dahlström, Moderna Museet)


Hilma af Klint: Mundos Possíveis
Curador: Jochen Volz e Daniel Birnbaum
Pinacoteca do Estado de São Paulo
Exposição de 130 obras da pintora sueca Hilma af Klint (1862-1944), cujo trabalho vem sendo reconhecido como pioneiro no campo da arte abstrata, embora tenha passado despercebido no seu tempo.

 

Cabelo com seus Ovos-bomba na abertura da exposição Luz Com Trevas (Foto: Pedro Agilson)


Luz Com Trevas – Cabelo
Curadora: Lisette Lagnado
Galeria BNDES, Rio de Janeiro
A exposição do artista visual, poeta e músico carioca Cabelo incluiu esculturas, assemblages, pinturas, vídeos, ações coletivas, instalações com trilhas sonoras, filme e objetos. O nome da exposição pega emprestado o título de uma canção do artista, que descreve o choque de forças abordado em suas obras: “Ovo bomba, expande / Big bang bang / É Rambo x Rimbaud / Ovo bomba, explode / Do buraco negro do gueto / A luz escapa como pode”.

 

Nota da Redação: Participaram da escolha dos Melhores de 2018 os críticos e curadores Michelle Sommer, Mario Gioia, Luisa Duarte, Leno Veras e as jornalistas Paula Alzugaray, Márion Strecker e Luana Fortes.