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Postado em 19/11/2013 - 6:19
Miami or bust!
Guilherme Kujawski

Vinte e duas galerias representadas pelo Projeto Latitude estarão presentes na Art Basel Miami Beach em Dezembro

Paulo Bruscky_galeria Nara Roesler

Legenda: Criação de Paulo Bruscky, representado pela Galeria Nara Roesler

O ano de 2013 tem sido corrido – porém promissor – para o Latitude, projeto de promoção internacional do mercado brasileiro de arte contemporânea. Depois de uma incursão por três feiras em Londres – Frieze London, Frieze Masters e Moving Image – a plataforma se prepara para a sua maior ação na feira Art Basel Miami Beach, onde apoiará em Dezembro a presença de nada menos que treze galerias associadas: A Gentil Carioca, Anita Schwartz Galeria de Arte, Baró Galeria, Casa Triângulo, Galeria Fortes Vilaça, Galeria Leme, Galeria Luisa Strina, Galeria Millan, Galeria Nara Roesler, Luciana Brito Galeria, Mendes Wood DM, Silvia Cintra + Box4 e Vermelho. Segundo a última Pesquisa Setorial promovida pelo projeto, Basel de Miami é a feira onde mais negócios são fechados com galerias brasileiras.

Fruto de uma parceria entre a Associação Brasileira de Arte Contemporânea (ABACT) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Projeto Latitude não apenas apóia a participação da arte contemporânea em feiras internacionais, mas, sobretudo procura “evangelizar” o cenário artístico brasileiro por meio de debates e palestras, de preferência tentando realizar uma polinização cruzada com a produção de outros eixos fora do circuito “oficial”.

Ou seja, não precisa de muita confabulação para perceber a importância desse projeto, mesmo sem a introdução de números. Mas, por que não levantá-los, mesmo que incidentalmente? Por exemplo, desde 2007, quando o Latitude foi inaugurado, as galerias representadas apresentaram um crescimento nas vendas de 46,6% em relação a 2011 e de 350% em relação ao ano em que o projeto foi colocado em prática.

De certa forma, as iniciativas de conscientização do Projeto Latitude lembram um pouco as ações de outra plataforma quase homônima, o Latitudes de Barcelona. Trata-se de um “escritório curatorial” independente, iniciado em 2005 por Max Andrews e Mariana Cánepa Luna, que trabalha também em um contexto internacional. Eles desenvolvem projetos em associação com instituições e colaboram com artistas em produções que abrangem uma variedade de agendas: metodologias de exibição e apresentação; prática editorial e publicações; técnicas de montagem, formatos de programação e, claro, uma vasta produção teórica.