Um dos maiores representantes da escola de cinema polonesa, Andrzej Wajda, morreu aos 90 anos em Varsóvia. Após vários dias em coma, o cineasta faleceu devido a uma insuficiência respiratória.
O diretor receberá uma homenagem na 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontecerá entre 20/10 e 2/11. Cada ano, o festival de cinema realiza um panorama da produção cinematográfica de um país, sendo que este ano o escolhido foi Polônia. Wajda receberá o Prêmio Humanidade.
Conhecido por levar o cinema polonês ao resto do mundo, sobretudo com temáticas políticas, Wajda dirigiu filmes como Geração (1954), Kanal (1957), Cinzas e Diamantes (1958), Os Inocentes Charmosos (1960), Cinzas (1965), Tudo à Venda (1968), Paisagem após a Batalha (1970), O Casamento (1972), Terra Prometida (1974), As Senhoritas de Wilko (1979), O Homem de Mármore (1976), Sem Anestesia (1978), O Homem de Ferro (1981), Os Possessos (1988), Walesa (2013) e Wróblewski Segundo Wajda (2015). No ano 2000, Wajda recebeu o Oscar Honorário por sua carreira.
O último longa filmado por Wajda, intitulado Powidoki (2016), trata da vida do pintor construtivista Wladyslaw Strzeminski. O filme, que ainda não chegou às telas brasileiras, foi selecionado como representante oficial da Polônia para o Oscar de melhor filme estrangeiro.