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Hell Yeah Fuck We Die (2016), de Hito Steyerl (Foto: Reprodução / Bienal de São Paulo)
Postado em 14/05/2020 - 9:21
#tbt entrevista com Hito Steyerl
Durante a 32ª Bienal de São Paulo, em 2016, a artista contou à seLecT sobre a empatia que sente pelos robôs
Da redação

Em 2016, durante sua participação na 32ª Bienal de São Paulo, a artista e pesquisadora Hito Steyerl concedeu uma entrevista à seLecT. Na conversa conduzida por Giselle Beiguelman, Steyerl fala sobre a instalação Hell Yeah We Fuck Die,  cujo título reúne as cinco palavras mais usadas na última década em títulos de músicas em inglês. O trabalho questiona como a internet pode ser o catalisador para um estado de violência. Na obra, a posição dos painéis remete a um circuito de exercícios físicos que funcionam como suporte para exibição de vídeos nos quais robôs são submetidos a testes de resistência. “Não posso evitar sentir empatia pelos robôs, que são chutados o tempo todo”, conta a artista. “Estão na mesma situação que qualquer trabalhador, estão sendo torturados também.”

Autora de textos como In Defense of the Poor Images e do livro Duty Free Art: Art in the Age of Planetary Civil War, a artista vem discutindo em sua prática as relações entre arte e os mundos do trabalho, da economia e da política. Implicando-se nas discussões que propõe – em um trânsito constante entre experiências pessoais e coletivas, íntimas e públicas – Steyerl usa a palestra-performance como uma forma de atuação, borrando também os limites entre teoria e prática. Assista a entrevista aqui.