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Fragmento do projeto expográfico da mostra Textão que remete a um grande zine – com textos, imagens e grafismos localizados dentro e fora do museu –, desenvolvido por Julia Franco Braga em parceria com a equipe curatorial da exposição (Foto: Akuosa Solução/ Textos: Ariana Mara Silva e J. Pombo/ Reprodução: TEXTÃO)
Postado em 31/10/2018 - 5:39
Textão como máquina de guerra
Exposição do Museu da Diversidade Sexual une arte e palavra para desafiar sistemas de opressão
Da Redação

Textão é o nome dado àquele texto relativamente grande que é compartilhado em redes sociais, na maioria das vezes motivado por extremo descontento. É usado para expor opiniões sobre diversos assuntos e tem potencial de viralizar ao ser compartilhado por quem concordar com o ponto de vista. Nas mãos das comunidades negras, feministas e LGBTQIA+, que historicamente tiveram suas vozes silenciadas, esse texto pode ser máquina de guerra contra sistemas de opressão. Apostando nesse poder mobilizador da palavra, a exposição Textão desafia os regimes excludentes e apresenta perspectivas diversas, em oposição à história única de pessoas cisgêneras, majoritariamente homens, brancos, heterossexuais e com alto poder aquisitivo.

A coletiva reúne obras de 50 artistas, pensadores e coletivos brasileiros no Museu da Diversidade Sexual, localizado no piso mezanino da Estação República do metrô de São Paulo. A seleção de trabalhos ficou por conta de um time curatorial formado pelas plataformas Explode!, Lastro e Lanchonete.org. “Nesse momento é sentida a necessidade de uma tomada de posição frente a um determinado fator social gerador de opressão”, escrevem em texto curatorial. Entre os artistas participantes estão Ariel Nobre, Eduardo Quintanilha, Hudinilson Jr., Mavi Veloso e Odarayá de Mello.

Serviço
Textão
De 6/11 a 12/1/2019
Museu da Diversidade Sexual
Estação República do metrô, piso mezanino
Rua do Arouche, 24
mds.org.br