Não é afetação nem cafonice o título desta reportagem. Existe um bom motivo para o anglicismo: o ciclo de palestras e debates da 21ª edição da SP-Arte está recheado de gringos e falantes de inglês. A feira paulistana acontece só na semana que vem, mas já aquece o circuito das galerias de arte e design por São Paulo. Entre os dias 2 e 6 de abril, o evento ocupa o Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, e reúne cerca de 200 expositores, entre galerias de arte, estúdios de design, instituições culturais, espaços independentes e editoras – com destaque para o estande da celeste e o lançamento da nova edição da revista, Desvio.
O primeiro e o segundo andares do pavilhão são dedicados ao setor de arte, no qual participam 102 galerias, com 9 estreantes e 12 internacionais. Entre as casas nacionais, a galeria Luisa Strina reúne importantes nomes da arte brasileira – Anna Maria Maiolino e Cildo Meireles, por exemplo, e expoentes da nova geração, como Luísa Matsushita (artista visual e cantora da banda Cansei de Ser Sexy) e Bruno Baptistelli. Lucas Arruda, o primeiro artista brasileiro a expor no Musée d’Orsay [em cartaz até 20/7], em Paris, é o destaque da Mendes Wood DM, junto a Sônia Gomes, Edgar Calel, Paulo Nimer Pjota e Pol Taburet.
O artista e cineasta colombiano Iván Argote apresentará Juntes no estande da Vermelho. A obra dialoga com sua instalação interativa O Outro, Eu e os Outros (2024), que ocupará o vão livre do Masp a partir de 10/4. Entre as estreantes, está Yehudi Hollander-Pappi, nova galeria de arte que abriu neste mês no bairro dos Jardins, em São Paulo. Ausente nas redes sociais, sabemos de fontes confiáveis que a galeria existe mesmo e representa artistas mais jovens, focados em vídeo, performance e instalação, como Gabriel Massan e Adriano Amaral – ambos destaques do 38º Panorama da Arte Brasileira.
A edição 21 também conta com uma ampla programação de conversas no Palco SP-Arte, e esses são os encontros que você não pode perder: Raphael Fonseca, curador-chefe da recém-inaugurada Bienal do Mercosul, e Ryan Inouye, curador da 58ª Carnegie International, mostra trienal do Carnegie Museum of Art, EUA, se unem para discutir o fantástico e perigoso universo das bienais, no sábado, 5/4, às 17h; e arte pública e a cidade serão as temáticas de destaque no debate entre o artista espanhol Jaume Plensa e o curador brasileiro Marcello Dantas, na quarta-feira, 2/4, às 16h.
SERVIÇO
2 a 6 de abril de 2025
Pavilhão da Bienal (Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, portão 3 – Parque Ibirapuera)
Horários
02 abril: convidados
03–04 abril: das 12h às 20h
05 abril: das 11h às 20h
06 abril: das 11h às 19h
Ingressos: bilheteria.sp-arte.com