O artista argentino faleceu nesta quinta (25) aos 92 anos
Legenda: Inferno (2000), uma das obras de León Ferrari que provocou a ira de católicos ortodoxos (Foto: Dany Barreto)
Faleceu nesta quinta (25), aos 92 anos, o artista plástico argentino León Ferrari. Reconhecido mundialmente por seu olhar peculiar sobre a arte, com obras carregadas de teor político e social, Ferrari foi o primeiro artista latino-americano a expor ao mesmo tempo, e com merecido destaque, na Bienal de Veneza e na Documenta de Kassel, em 2007.
Ao longo de sua trajetória, questionou a ação da Igreja, do catolicismo e de qualquer tipo de dogma. E o fez através de suas obras, em grande parte com temáticas como a política, a guerra, o sexo e a própria arte, em esculturas, desenhos, vídeos e animações. Enquanto era laureado internacionalmente por sua arte, também despertava a ira de católicos. Em 2004, sua mostra Inferno e Idolatrias, exibida no Centro Cultural Recoleta, em Buenos Aires, gerou polêmica e foi atacada por fanáticos ultraortodoxos.
Em 2012, recebeu o prêmio Konex de Bilhante, e em 2007, ganhou o Leão de Ouro da 52ª Bienal de Veneza.