Um arquivo do mundo para apresentar a Deus no Dia do Juízo. Essa foi a tarefa que Arthur Bispo do Rosario deu a si. Sua obra – criada dentro de uma cela de manicômio – abrange objetos ressignificados, bordados,vestimentas e esculturas, perturba conceitos de loucura e amplia os sentidos da arte.
Informar é o oposto de viralizar;
Informar é checar, confrontar dados e versões, processo que demanda tempo e responsabilidade;
Informar é narrar as histórias do cotidiano, com suas muitas camadas de complexidade, suas capacidades inventivas em cada mínima nuance;
Informar é atentar ao detalhe sem perder a noção do todo, do contexto que esclarece as particularidades;
Colocar sobre os fatos observados uma lente hiper- reflexiva;
Jogar luz sobre problemas e tensões negligenciados pelo sistema;
Transmitir ideias culturais e políticas de forma não descartável;
Informar é se comunicar por meio de uma linguagem não codificada;
Informar é amplificar as lutas sociais que se opõem ao projeto obscurantista em curso no país;
É testemunhar as lutas de proteção à terra indígena, noticiar e amplificar essa luta;
Desinfectar códigos de programação racistas e intolerantes;
Produzir conteúdo a partir de múltiplas camadas de dados e avaliando criticamente as diferentes interpretações;
Articular mecanismos de difusão de ideias que não necessariamente levam à viralização da mensagem; Estudar, pesquisar, apurar e divulgar o que não é visível e central;
Vigiar e difundir as condições que asseguram os direitos humanos;
Ater-se aos fatos;
Valorizar as histórias, as ideias e os tempos em seu potencial compartilhável; Amplificar vozes silenciadas e sistemas de pensamento diversos; Reivindicar existência e permanência;
Desimpregnar de imediatismo, virtualidades e desinformação;
Contribuir para o crescimento social;
Produzir (outras) frentes de comunicação e cultura;
Amplificar lutas combatendo os argumentos mentirosos da “guerra de narrativas”;
Denunciar estruturas patriarcais, coloniais e todas as formas de violência; Denunciar a degradação da linguagem;
Acolher identidades que não são fixas, abraçar todo tipo de diversidade, “desoutrificar”, dialogando em igualdade;
Informar é começar uma conversa; É um exercício de escuta.