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Postado em 15/07/2014 - 9:06
Bahia Fase 2
Luciana Pareja Norbiato

Segunda leva de exposições da Bienal da Bahia abre nesta quarta, 16/7, trazendo mestres da arte baiana contemporânea e ocupação do Arquivo Público do Estado

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Legenda: Obra de Juarez Paraíso, um dos três artistas seminais da Bahia que ganham individuais no Museu de Arte Moderna, em Salvador

Foi dada a largada para a segunda leva de aberturas da 3ª Bienal da Bahia. Desta vez, três decanos da arte local ganham individuais, o Arquivo Público do Estado é ocupado por curadoria de Ana Pato e o Museu Imaginário do Nordeste é expandido.

Os três grandes nomes que passaram ao largo dos holofotes da cena artística e agora começam a ter o valor de sua produção reconhecido são Juarez Paraíso, um dos idealizadores da própria bienal baiana, que apresenta um trabalho de forte apelo gráfico liado a uma cosmogonia calcada na natureza; o escultor Juraci Dórea, cuja matéria-prima é couro e madeira; e um dos mentores visuais do tropicalismo, Rogério Duarte, autor de capas de diversos discos do movimento da contracultura dos anos 1960-70.

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Legenda: O grafite de musgo Beleza Convulsiva Tropical, que também é o nome da intervenção multimídia de Giselle Beiguelman no Arquivo Público do Estado

Já na curadoria de Ana Pato para o módulo da Bienal intitulado Arquivo e Ficção, o Arquivo Público do Estado, que num contrassenso se encontra totalmente deteriorado pelo descaso e pela ação do tempo, ganha intervenções críticas, mas não menos estéticas. Seus realizadores são nomes como Paulo Bruscy, José Rufino, Paulo Nazareth e Giselle Beiguelman, editorada seLecT. Ela apresenta a instalação multimídia Beleza Convulsiva Tropical.

A obra inclui fotografia, uma série de postais, pôsteres e lambe-lambes e um site specific (intervenção em sala do arquivo da Bahia com audiobook e moss graffiti – grafite de musgo). Segundo a artista, o trabalho “discute, a partir de múltiplas linguagens, a ‘conspiração’ dos trópicos contra a memória, a tensão entre natureza e cultura, o informal e o formal. Busca uma abordagem não romântica das ruínas, entendendo-as como matéria em movimento e história do tempo em ação.”

A programação completa da 3ª Bienal da Bahia você encontra no site do evento.