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Postado em 15/04/2014 - 7:25
China é aqui
Guilherme Kujawski

Exposição na Oca do Parque Ibirapuera reúne uma boa amostragem da produção chinesa de arte contemporânea

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Legenda: Welcome to the World’s Famous Brands (2003), dos irmãos Luo (imagem: Divulgação)

China, terra de colossos e contrastes. Megalomania e controle convivem lado a lado, em perfeita retroalimentação positiva. No editorial da seLecT #12, publicada em Junho de 2013, edição dedicada ao país mais populoso do mundo, Paula Alzugaray, diretora de redação, já dava a nota: Para além de todos os clichês de grandeza, a China é um território de oposições (…) e palco de extremos que convergem. A convergência, porém, aponta para um destino ainda inescrutável.

No domínio da arte, os superlativos também se aplicam. A produção de objetos estéticos por mãos de artistas chineses é, para dizer o mínimo, impressiva. Tal afirmação pode ser comprovada na Oca do Parque Ibirapuera, que, no último dia 10 de Abril inaugurou a mostra ChinaArteBrasil, patrocinada pelo Ministério da Cultura e o HSBC Bank Brasil. Até o dia 18 de Maio o público pode conferir um bom panorama da arte contemporânea chinesa, desde a primeira geração dos anos 1990 até os dias de hoje.

Há obras de Cao Fei – que participou da 9ª Bienal do Mercosul e é conhecida por suas performances no ambiente de realidade virtual Second Life – dos irmãos Luo e, como não poderia deixar de ser, de Ai Weiwei, prolífico artista e ativista que atualmente também participa de uma micro-exposição na Momentum, espaço de arte e tecnologia de Xangai, e na Martin Gropius Bau, em Berlim. A curadoria da mostra na Oca é de Ma Lin, historiadora de arte chinesa, e da curadora independente Tereza de Arruda.

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Legenda: Still de Sete Intelectuais na Floresta de Bambu (2006), de Yang Fudong (foto: Yang Fudong / Cortesia: Marian Goodman Gallery)

Por falar em Tereza, ela é autora de um portfólio de outro artista chinês em ascensão, Yang Fudong, para a supramencionada edição da seLecT. No texto, a curadora lembra que Fudong obteve grande repercussão no Brasil com a obra Sete Intelectuais na Floresta de Bambu, apresentada no Paço das Artes, em 2007, e citada no texto curatorial de Paula Alzugaray para a exposição Suspense, de Kátia Maciel, que aconteceu na Zipper Galeria no ano passado.