Postado em 13/11/2012 - 2:26
Cinema digital frame a frame
Conheça o projeto brasileiro de cinema digital com software livre
Legenda: “O cinema digital não pode ser proibitivo”: o vídeo de apresentação do projeto explica como funciona a câmera Elphel 353 e o que é hardware aberto. (Fotos: Regina Elias e Ana Resende)
“Queremos um cinema digital acessível e, ao mesmo tempo, de alta qualidade de imagem; adaptável, no qual possamos usar os aparelhos e dispositivos que temos em mãos, e não ter de comprar aparatos na casa dos quatro dígitos. Construir o que precisemos, a partir de materiais reutilizados e reutilizáveis como madeira, porcas e parafusos. Queremos rodar as nossas histórias, com liberdade total.”
Afinados com ideais de sustentabilidade e compartilhamento. É assim que o coletivo apresenta o projeto Floresta Vermelha, na plataforma de financiamento coletivo Catarse.me. Faltam só 3 dias para o fim do prazo de arrecadação, e até agora 63% da meta – R$ 6 mil – foi atingida. (Se o valor total não for atingido, todas as intenções de doação, o dinheiro potencialmente arrecadado, são “perdidas” – assim funcionam as plataformas de financiamento coletivo.)
O grupo brasileiro faz parte da comunidade mundial de pessoas que pesquisam e se divertem fazendo cinema open source. Das pesquisas da Apertus, já surgiram obras como o pioneiro Romain sur Meuse (Elphel 333), de Oscar Spierenburg (2007); Open Land, de Sebastian Pichelhofer (2011); e os testes 3D realizados por Nathan Clark (2011). Todos rodados com câmeras Elphel, a mesma que capta as imagens de Floresta Vermelha.
Embora o grande charme do projeto seja a câmera – a Elphel 353 é usada para capturar as imagens do Google Street View, com resoluções que podem chegar até 2592×1944 px, a 18 quadros por segundo – o grupo que ir além. A ideia é montar um curta que seja mais do que uma experimentação. Por isso, há “roteiro original, trilha sonora original e atores com falas dentro de uma história”.
Além da câmera de hardware aberto, emprestada pela empresa que as produz, a gravação, a edição e a pós-produção serão feitas usando softwares livres. Todo o conhecimento de campo gerado no projeto, em especial sobre os processos de edição e de scripts de automação de processos, está sendo devidamente documentado e disponibilizado sob as licenças GPL ou Creative Commons para outras pessoas que também queiram usá-lo para fazer filmes – esta é a contrapartida oferecida pelo empréstimo da câmera.
Se você gostou da ideia, ajude agora: http://catarse.me/pt/florestavermelha
Pré-lançamento de Floresta Vermelha
Entre as cotas de recompensas, a doação de R$ 25,00 dá direito, entre outras coisas, a um convite para a festa de pré-lançamento que acontece no dia 30/11/2012, às 20h no espaço Serralheria, na Lapa, SP.
Haverá um show especial com Mamma Cadela executando a trilha sonora original ao vivo junto com a projeção do filme. Mas é só pra quem doar via Catarse.me!
Saiba mais:
