icon-plus
Postado em 05/05/2015 - 6:56
É tanta coisa…
da Redação

Pavilhão do Brasil na 56ª Bienal de Veneza evidencia caráter político do evento

Antonio_body

Legenda: Occupations/Discoveries (1998), de Antonio Manuel (foto: Pedro Oswaldo Cruz)

Vamos comentar agora um pouco sobre o pavilhão do Brasil na 56ª Bienal de Veneza. Construído em 1964, o espaço ocupa uma das áreas do Giardini Castello, local destinado às representações nacionais. Neste ano, o curador Luiz Camillo Osorio (junto com o curador assistente Cauê Alves), seguindo o receituário político da curadoria principal, selecionou obras de Antonio Manuel (português nacionalizado brasileiro), da paraense Berna Reale e do paulista André Komatsu.

Berna_body

Legenda: Americano (2013), de Berna Reale (foto: Berna Reale)

Como se vê pelos nomes, trata-se de uma Bienal com fortes matizes políticos, e o fato de os comissários turcos terem escolhido obras de artistas armênios (a Turquia nunca reconheceu o massacre dos armênios, ocorrido durante o governo dos Jovens Turcos, de 1915 a 1917), serve como evidência. E sobre Isaac Julien… O artista britânico compensa o excesso de capitalismo de seu projeto comissionado pela Rolls Royce com uma leitura dramática de O Capital, de Karl Marx, a ser realizada na ARENA, espaço voltado para performances ao vivo.

Komatsu_body

Legenda: O estado das coisas 2 [três poderes] (2011), de André Komatsu (foto: Cortesia do artista)

Mais aspectos políticos da participação brasileira: o título da mostra, É tanta coisa que não cabe aqui, foi inspirado pelos cartazes das manifestações que tomaram as principais capitais brasileiras em junho de 2013.