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Postado em 11/12/2012 - 1:45
Feliz ano novo de novo
Paula Alzugaray

A edição de dezembro/janeiro de seLecT celebra o novo. De novo?

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Hora de zerar o cronômetro. A edição de dezembro/janeiro de seLecT é dedicada à necessidade atávica de renovação que nos permitimos sentir, sempre e cada vez mais, nesta época do ano. Aproveitamos a efeméride para apresentar aos nossos leitores um projeto teórico que nasceu no Tumblr do pesquisador James Bridle, se difundiu nas redes e começa a repercutir no circuito de arte: a nova estética. Mesmo que o sistema de arte já tenha cortado, há duas gerações, com o ciclo de morte e renascimento que determinou a evolução das vanguardas históricas do século 20, eis que surge um projeto estético que se diz “novo”. Nada de novo no front. Mas, ao investigar as interseções entre cultura e tecnologia, entre o físico e o digital, a nova estética é a cara da seLecT. Afinal, temos como projeto observar onde as artes visuais convergem com a tecnologia e o comportamento.

Nesta edição, as trocas e influências entre virtual e real se expressam também na moda e nas artes gráficas. No design, a partir de agora, usamos como fonte oficial da revista a ultranova Freight, que foi concebida originalmente para iPad e está sendo infiltrada no meio impresso.

Na capa e no editorial de moda, temos o trabalho de Renan Christofoletti, que fotografa e pós-produz ao mesmo tempo. Sua fotografia não é simplesmente uma composição, mas é o objeto de uma programação, resultante da equalização de camadas, efeitos e variantes que vão muito além das capacidades da câmera.

Nas páginas de moda temos, portanto, um exemplo pungente do conjunto de tratamentos que foram observados pelo teórico francês Nicolas Bourriaud para escrever seu livro Pós-Produção – Como a Arte Reprograma o Mundo Contemporâneo. O leitor terá a chance de conhecer e/ou aprofundar seus conhecimentos sobre essa e outras “ferramentas teóricas” propostas por Bourriaud, em entrevista exclusiva.

Mesmo que não se identifique como um teórico do “novo”, Bourriaud aponta para uma “nova pergunta” que surge hoje, de todos os lados: “Para onde vamos?”