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Postado em 20/08/2013 - 5:18
Glitch’d: deslizes propositais
Mariel Zasso

Projeto de Simon Biggs para Festival Internacional de Edimburgo explora o glitch como estética

A_glitch

Legenda: Uma tela “glichted” de um game. Na home, Simon Biggs distorcido. (Reprodução) 

Um “glitch” é uma espécie de deslize em um sistema eletrônico por conta de um pulso elétrico insuficiente para que o conjunto funcione corretamente, ou mesmo um erro ou falha geral sem nenhuma causa aparente. Em telas de computadores e videogames, geram ruídos gráficos como o da imagem acima. Acontece que a criatividade humana subeverte erros e os transforma em arte. E como se não bastasse criar arte visual com glitchs, o Festival Internacional de Edimburgo vai receber uma performance que reúne dança, instalações e disrupturas tecnológicas no palco do College of Arts da universidade.

Glitch’d: Purposeful Mistakes é uma criação do CIRCLE, Coletivo Criativo de Investigação Interdisciplinar em Ambientes Colaborativos, que reúne artistas e pesquisadores sob a provocação de Simon Biggs – que esteve no Brasil este ano, falando sobre a trama das redes – midiartista e professor de Artes Interdisciplinares na Universidade de Edimburgo. O grupo criou um projeto de midiarte interativo que pretende explorar como o “glitch” pode ser belo, lançando mão de recursos como um motor de busca inteligente, instalações de luz manipuladas e balé, para promover insights sobre falhas e efeitos dessas rupturas.

A performance será apresentada em duas sessões no dia 28, e faz parte da programação do Festival Internacional de Edimburgo, que desde 1947 procura ser o “mais excitante, inovador e acessível festival de performances artísticas do mundo”. Participam ainda Richard Ashrowan, Sue Hawksley, Garth Paine, Beverley Capa, Rocio Von Jungenfeld, Hadi Mehpouya e Robert Powell.

Saiba mais:

Edinburgh Internacional Festival – 9 de agosto a 1 de setembro, em Edimburgo, Escócia

Simon Biggs