No próximo dia 9 de maio é aberta a 56ª edição da Bienal de Veneza, com curadoria do nigeriano Okwui Enwezor
Legenda: Okwui Enwezor, curador da 56ª Bienal de Veneza (foto: Divulgação)
Na segunda semana do próximo mês é abertura da 56ª Bienal de Veneza, a mais antiga mostra internacional de arte do mundo. A sua extensão espacial, com pavilhões espalhados por toda a cidade, é o que lhe imprime o status de “grande exposição”, remontando às exposições universais dos séculos 19 e 20. A partir do dia 9 de maio, os amantes da arte poderão fruir trabalhos de 136 artistas de 53 países, percorrendo o tradicional itinerário que começa no Pavilhão Central (Giardini) e segue até o antigo estaleiro Arsenale.
Paulo Baratta, presidente da bienal, acredita no potencial da arte como fator de desenvolvimento social e político, principalmente em períodos de grandes incertezas. Ele considera que só uma pessoa com sensibilidade para as mazelas do mundo atual poderia dar conta do grande desafio de mostrar tal posicionamento – e, em sua opinião, essa pessoa é o nigeriano Okwui Enwezor, convidado para a curadoria dessa edição. No que concerne ao formato da bienal, Baratta é infenso às críticas aos pavilhões nacionais, que, para ele, são um antídoto aos cubos brancos a-históricos e assépticos.
Okwui selecionou expressões oriundas de todos os recônditos do planeta para criar o seu Parlamento da Forma. É conhecido o seu interesse por produções periféricas, não eminentes, não expoentes. E isso pode ser verificado no título All the World’s Futures (Todos os Futuros do Mundo) e pelo fato de que, dos 136 artistas convidados, 88 deles tomam parte da bienal pela primeira vez. E ele também valorizou o fator ineditismo: nada menos que 159 obras foram criadas em diversas mídias especialmente para evento, que comemora 120 anos.