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Divulgação
Postado em 20/10/2021 - 12:15
Agenda do fim do mundo (20 a 27/10)
Edição especial da agenda traz os destaques da SP-Arte, que celebra a reabertura presencial em novo endereço
Da redação

17a SP-Arte 2021
O Festival Internacional de Arte de São Paulo acontece de 20 a 24/10 na ARCA, na Vila Leopoldina. A feira estreia um modelo híbrido: a retomada das atividades presenciais se dá em consonância com o Viewing Room, espaço digital da SP-Arte, que apresenta uma consistente atuação online através do site www.sp-arte.com. Para esta edição, está confirmada a participação de 124 expositores, entre galerias de arte e design, editoras especializadas, museus e projetos especiais que reencontram o público no novo endereço físico e na plataforma online.

Quando a Posição Define o Espaço Social, Sendo Objeto Contingente dessa Posição (2020), de Rommulo Vieira Conceição | Foto Divulgação

DESTAQUES SP-ARTE
Bailune Biancheri
Em estreia na feira, a galeria apresenta trabalhos de Rommulo Vieira Conceição, com uma ampla trajetória que já soma mais de duas décadas, e Renan Teles, que transita entre a fotografia e a pintura. A instalação de Conceição, Quando a Posição Define o Espaço Social, Sendo Objeto Contingente dessa Posição, é elemento central do estande e, ao público, é fornecida a possibilidade de consultar o catálogo informativo sobre cada uma das peças (imagens de recipientes diversos impressas sobre vidro) e encomendar suas próprias placas. Os tipos de itens escolhidos pelos visitantes são contabilizados ao longo de um espaço de tempo com a finalidade de darem origem a uma nova produção do artista.

Pintura de Rafael Alonso | Foto Divulgação

Galeria Marilia Razuk
Projeto 4×5, organizado em quatro eixos temáticos, chega a sua última mostra: Corpo. Após os dois primeiros módulos, Paisagem ocupa o espaço da galeria. A partir da produção de Leonilson, criam-se diálogos com Adalgisa Campos, Amanda Melo da Mota, Lais Myrrha e Maria Laet. Nos trabalhos apresentados, o corpo aparece com a presença do próprio artista em ação. Para esta edição da feira, a galeria apresenta trabalhos recentes dos artistas representados, como Carolina Martinez, Maria Laet e Rafael Alonso, além de obras de artistas históricos, como Leonilson e Amílcar de Castro. 

E Se a Arte Fosse Travesti? (2016), de Rosa Luz | Foto Divulgação

Central Galeria
Em cartaz até 19/11, Crapulocracia, mostra de Lourival Cuquinha, acompanha os capítulos políticos recentes do país e a consequente derrocada do pacto democrático, buscando situar sua produção à luz desses acontecimentos. O viés político delineia também a seleção de obras para a SP-Arte. Apresentando um comentário sobre tensões latentes na sociedade brasileira, a galeria vai de encontro às revoltas propostas pela arte e à militarização das relações e aprisionamento do corpo, apresentando obras de Bruno Cançado, Dora Smék, Gabriela Mureb, Gretta Sarfaty, Marilia Furman, Ridyas, Rodrigo Sassi, Rosa Luz, Sergio Auguto Porto e Simone Cupello. São trabalhos produzidos a partir de 1970 até a contemporaneidade, que revelam correspondências entre esses dois períodos de agitação e entropia política.

Canto de Ametista (s/d), de Amelia Toledo | Foto Divulgação

Nara Roesler
Últimos dias para visitar Paragold, primeira individual de Heinz Mack no Brasil, em cartaz até 30/10. Com curadoria e texto de Matthieu Poirier, a mostra celebra o início de sua representação pela galeria e apresenta uma seleção de obras, entre esculturas, pinturas e trabalhos em papel, produzidas entre 1955 e 2020, oferecendo ao público a oportunidade de descobrir tanto a produção histórica do artista, quanto seus desdobramentos mais recentes. Na SP-Arte, o artista divide espaço com obras de Abraham Palatnik, Alice Miceli, Amelia Toledo, André Griffo, Artur Lescher, Berna Reale, Cao Guimarães, Daniel Buren, Elian Almeida, José Patrício, Karin Lambrecht, Laura Vinci, Lucia Koch, Paulo Bruscky, Virginia de Medeiros, Xavier Veilhan, entre outros.  

Sem Título (2021), de Vânia Mignone | Foto Divulgação

Casa Triângulo
Paralelo a individual de Antonio Henrique Amaral, em cartaz até 13/11, o artista é um dos presentes no stand da galeria na edição 2021 da feira. A produção de Albano Afonso, Ascânio Mmm, Assume Vivid Astro Focus, Eduardo Berliner, Ivan Grilo, Juliana Cerqueira Leite, Leonilson, Lucas Simões, Lyz Parayzo, Mariana Palma, Nino Cais, Paul Setúbal, Sandra Cinto, Valdirlei Dias Nunes e Vânia Mignone está disponível para o público no stand presencial e no Viewing Room da galeria.

Corpo Extranho Africano (2011), Rosângela Rennó

Galeria Vermelho
Voo Cego, individual de André Komatsu, ocupa todo o prédio da galeria até 13/11. A mostra, com curadoria de Tiago de Abreu Pinto, apresenta trabalhos acerca de temas como democracia, pátria, revolução, Estado e mercado. O artista propõe a execução da performance Corpo Manifesto, que será apresentada na fachada da Vermelho no dia 6/11, a partir das 15h. Na SP-Arte, além da produção de Komatsu, a galeria apresenta trabalhos de Fabio Morais, Marilá Dardot, Rosângela Rennó, Marcelo Cidade, Lia Chaia, Dora Longo Bahia e Jonathas de Andrade. 

Varizes e Sinapses (2021), de Yuli Yamagata | Foto Divulgação

Fortes D’Aloia & Gabriel
Além da exposição O Beijo Vi de Só e Té
 Água e Fô
 e Outras Tecelá, de Ernesto Neto, e da coletiva Os Monstros de Babaloo, em cartaz na galeria, esta marca presença na feira com obras inéditas de artistas como Adriana Varejão, Luiz Zerbini, Erika Verzutti e Márcia Falcão, adição recente ao time de artistas. Ainda, trabalhos de Barrão, Carlos Bevilacqua, Cristiano Lenhardt, Efrain Almeida, Ernesto Neto, Gokula Stoffel, Iran do Espírito Santo, Jac Leirner, Mauro Restiffe, Rodrigo Cass, Tiago Carneiro da Cunha, Valeska Soares e Yuli Yamagata estão em exibição em seu stand. 

Versus #5 (exu), 2020-2021, de Pablo Lobato | Foto Divulgação

Luciana Brito Galeria
Graças a Dedos, de Pablo Lobato, discorre sobre a coexistência entre o sagrado e o profano, anunciando gestos que desarmam distâncias. O apreço às mais diversas materialidades orienta a pesquisa e produção do artista, que provoca um despertar sensível e uma liberação de sentidos com seus trabalhos. Um dos procedimentos adotados por Lobato é o corte, a inserção de fissuras, o gesto de separar para unir. Como um desdobramento de suas pesquisas anteriores, a mostra na galeria reúne 14 obras inéditas, instaladas no espaço como um corpo uníssono. Em cartaz até 29/1/2022. O artista é um dos destaques da galeria na 17a edição da SP-Arte, que também apresenta obras de Augusto de Campos, Bosco Sodi, Caio Reisewitz, Eder Santos, Fernando Zarif, Geraldo de Barros, Gertrudes Altschul, Iván Navarro, Jorge Pardo, Rafael Carneiro, Regina Silveira e Rochelle Costi.

On Ice (1978/2015), de Vera Chaves Barcellos | Foto Divulgação

Galeria Superfície
Não perca Fuso Motriz, mostra de Débora Bolsoni com trabalhos inéditos acerca dos reflexos e sentimentos resultantes do isolamento social, que encerra dia 13/11. Nesta edição da feira, a galeria apresenta seleção de obras de artistas emergentes em diálogo com artistas históricos em torno dos anos 70. Entre eles, estão Renata De Bonis, Vitor Cesar, Andréa Hygino, Romanita Disconzi, Vera Chaves Barcellos, Neide Sá, Mira Schendel, Leonilson, Lotus Lobo e Pedro Escosteguy. Paralelamente ao evento, um projeto solo da artista Yasmin Guimarães acontece no Viewing Room, disponível durante o período da feira.

Figura (1953), da série As Erradias, de Lasar Segall | Foto: Divulgação

Almeida & Dale
Chegando em suas últimas semanas, a mostra Sacilotto – A Vibração da Cor, com curadoria de Denise Mattar e Gabriel Pérez-Barreiro, faz retrospectiva da produção do artista a partir da exposição de 50 obras, produzidas entre 1974 e 2003. Em cartaz até 1/11. Em seu stand na SP-Arte, a galeria contempla a produção de Lasar Segall. Com curadoria de Giancarlo Hannud, as obras selecionadas fazem um panorama de sua trajetória como imigrante, como evidencia a série As Erradias. “A sensação de estrangeiro e o drama da migração, de pessoas que não se encaixam, segue atual e urgente, e o que trazemos para a feira é a qualidade empática que ele tinha, de se colocar no lugar do outro, visível em cada obra”, diz o curador. 

Ouroboros Sucuri (2021), de Thiago Martins de Melo | Foto: Bruno Leão / Divulgação

Galeria Millan
A galeria participa desta edição da feira com o projeto Limiares da Expressão, reunindo trabalhos de artistas de diferentes gerações em uma conjunção de técnicas e histórias. O projeto se ocupa dos caminhos possíveis que percorrem os espaços de expressão no conjunto apresentado, enlaçando-o em uma narrativa única. Dessa forma, três sentidos da palavra “limiar” são evocados para apontar o eixo organizacional: o primeiro indica a passagem de uma porta; o segundo traz a ideia de transição; e em um terceiro sentido, instituem-se os limites de determinado fenômeno. Trabalhos de Tunga, Jaider Esbell, Regina Parra, José Damasceno, Ana Prata e Nelson Felix criam um espaço de passagem, diálogo e intermediação. Em paralelo, na sede da Millan, estão em cartaz as mostras Ouroboros Sucuri, de Thiago Martins de Melo (até 6/11), e Vício Impune: O Artista Colecionador (até 30/10).

É Verdade esse Bilhete (2021), de Danielle Carcav | Foto: Divulgação

Luciana Caravello
Na SP-Arte 2021, a galeria anuncia novas representações: Joelington Rios e Patricia Guerreiro. Além disso, uma seleção de obras recentes dos artistas Adrianna Eu, Alexandre Mazza, Bel Barcellos, Danielle Carcav, Eduardo Kac, Gisele Camargo, Henrique Detomi, Joelington Rios, João Louro, Luiz d’Orey, Marcelo Macedo, Marcelo Solá, Patrícia Guerreiro, Ricardo Villa e Ursula Tautz.  

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EXPOS
Exposição Ateliê397
Organizada por ocasião da SP-Arte, a mostra revela os processos de produção dos programas em curso no espaço independente: o coletivo feminista Vozes Agudas; o grupo de Acompanhamento e Pesquisa em Arte Clínica Geral, e Múltiplos, que visa arrecadar fundos para que o espaço continue ativo. Obras de 15 artistas, como Bruna Kury, Daniel Normal, Débora Bolsoni, Jéssica Lemos, Rafael Amorim, Sérgio Pinzón e Thia Sguoti, que participam dos programas, estão em exibição na sede do Atêlie, na Barra Funda. Suas produções marcam presença também na plataforma online da feira, disponível de 20 a 24/10. Acesso pelo link.

Sem Título (2021), de André Ricardo | Foto Divulgação

André Ricardo: Pinturas
Com curadoria de Tadeu Chiarelli, individual do artista apresenta cerca de 40 obras produzidas durante a pandemia. “Só posso falar de pintura, pintando”, afirma Ricardo sobre o exercício de sua produção artística. Assim, o título da mostra remete a seu fazer pictórico e suas narrativas nessa linguagem. “É visível como o artista agrega às estruturas de início de carreira signos vindos de variadas origens, é como se ele, após seus deslocamentos reais por São Paulo, desenvolvesse um transitar virtual, contínuo pela história das imagens”, escreve o curador. Suas pinturas denunciam um conhecimento precioso a respeito de como atuar sobre o campo da imagem, produzindo um saber sofisticado e adquirido na observação dos trabalhos de outros artistas do cânone da pintura ocidental. Em cartaz até 20/11, na Galeria Estação. 

Sim (2021), de Heleno Bernardi | Foto Divulgação

Polígonos, Pórticos, Matéria e Desejo
A exposição coletiva, com curadoria de Cadu Gonçalves, propõe um diálogo entre produções contemporâneas a partir da herança construtivista latino-americana. Nesse sentido, a experimentação com a geometria é um dos eixos de interlocução entre as obras de Carolina Martinez, Mano Penalva, Heleno Bernardi, Marina Caverzan, Julia da Mota e Renato Rios, em operações acerca de campos sociais, culturais, espirituais, astronômicos e poéticos. A mostra marca o início de uma colaboração entre a art advisor Gisela Gueiros e os galeristas Jaime Portas Vilaseca e Janaina Torres, parceria com finalidade de conectar artistas, curadores, agentes e galerias de arte para criar formatos flexíveis de envolvimento de diferentes públicos com a arte contemporânea. Na Galeria Janaina Torres, até 28/10. 

Sem Título (2021), de Cabelo | Divulgação

Aurora Incorpora Cobra Coral, Cabelo
Parceria entre A Gentil Carioca, Auroras e Bergamin & Gomide apresenta mostra individual do poeta, músico e artista visual, com conjunto heterogêneo de referências, desde figuras de religiões de matrizes africanas até cosmologias dos povos originários desta terra. Sua produção dialoga com e incorpora o espaço, torna-o também peça da mostra. Em um ambiente camuflado por suas padronagens características, a exposição-ocupação reúne pinturas inéditas, desenhos, monotipias, esculturas, neons, instalações e vídeos. Além da poesia como um dos pontos de partida, as linguagens se misturam para criar um ambiente em que confluem diversas ancestralidades. “Aqui a Casa é o Corpo, o Cavalo que Incorpora Cobra Coral, Cavalo do Cavalo!”, afirma. No espaço Auroras, São Paulo. Até 29/1/2022. 

Eyes (2021), de Lina Kim | Foto Divulgação

Sem Perfume, de Lina Kim
“Falar do “sem perfume” é menos uma negação e mais uma denotação de ausência que a artista deseja fazer presente através de um deslocamento”, escreve Mark Gisbourne no texto de apresentação desta mostra. Composta por uma série de desenhos, pinturas e fotografias inéditas, está é a segunda individual da artista brasileira-coreana na Casanova. Dando continuidade à sua pesquisa pictórica e textual, Kim busca ampliar a natureza dinâmica e recíproca entre a escrita e a imagem, usando o espaço da galeria de maneira instalativa. Elementos tradicionais do desenho, como sumi-e, nanquim, pastel seco e lápis, propõem universos comunicativos e imagéticos para o visitante. Até 20/11.

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