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Casa projetada por Flávio de Carvalho em vila modernista que abrigará a nova sede da Sé Galeria (Foto: Cortesia Sé Galeria)
Postado em 03/10/2019 - 11:40
Sé Galeria sai do centro e vai para jardins
"Estivemos naquele prédio por anos, mas pós-Bolsonaro a situação no centro está dura e sem perspectivas de melhoras", diz Maria Montero
Leandro Muniz

A Sé Galeria passa a ocupar um novo espaço nos Jardins, após um ciclo de setes anos. Entre as motivações para a mudança está a necessidade de ampliação do espaço, do acervo e das propostas do programa, aliada ao vislumbre de poder ter como sede uma casa desenhada por Flávio de Carvalho, em uma vila modernista, que tem atmosfera acolhedora, entre o doméstico e o público. Para celebrar essa nova etapa, a Sé apresenta uma individual do artista Dalton Paula, que também foi quem inaugurou o programa de exposições cinco anos atrás, no antigo espaço da galeria no centro de São Paulo. O artista apresenta uma série inédita de desenhos e instalações com lamparinas baseados na obra de Debret e Rugendas, em continuidade com sua pesquisa de rever a historiografia oficial do Brasil.

“Bem no início, a ideia era ser uma residência, a Phosphorus (2011), que fazia muito sentido naquele contexto. Quando abri a Sé (em 2014) e decidi ser uma galeria, o modus operandi mudou. Estivemos naquele prédio por sete anos, mas pós-Bolsonaro a situação no centro está muito dura e sem perspectivas de melhoras. Comecei a me sentir isolada e sensibilizada com a situação do país. Com a mudança, acho que vou ter mais força para atuar. Carrego o nome para que essa memória e essa história siga comigo. Uma galeria na Sé é radical por si, agora são as obras, os artistas e nossas relações afetivas e de trabalho que devem ser ainda mais radicais”, conta Maria Montero, diretora da galeria, à seLecT

Serviço
Dalton Paula: Entre Prosa e Poesia
Sé Galeria
De 19/10 a 14/12
Alameda Lorena, 1257 – São Paulo
segaleria.com.br