A primeira edição da MADE (Mercado.Arte.Design), a ser realizada no Pavilhão da Bienal, já pode ser considerada um marco deste evento criado pelo curador Waldick Jatobá em 2013, durante o Design Weekend. De lá para cá, o mercado cresceu, o fim de semana virou semana, e o número de expositores da MADE mais do que dobrou.
Mas não são números que fazem a diferença, mas a postura do evento em relação ao meio, incentivando a produção de jovens coletivos de design. Este ano há cerca de 70 deles, em um primeiro andar da Bienal rico em diversidade e invenção. O que torna o ambiente da MADE efervescente é justamente a convivência de criadores dos mais diverso portes e especialidades. Um clima misto entre feirinha de artesanato e feira de Milão!
Um dos momentos mais surpreendentes é a coleção Safra 1866, do coletivo Oficinaethos, realizada com um lote de madeira original do edifício onde funcionou a Casa Daros, em Botafogo, no Rio de Janeiro. O material foi conseguido durante as lendárias reformas do edifício (que duraram 8 anos).

O sul-coreano Kwangho Lee, com seus móveis, luminárias e objetos criados com nós de cordas multicoloridas, é o designer do ano. Pela primeira vez no Brasil, ele produziu as peças exclusivas que estão expostas com matéria prima da Tidelli, parceira do evento, em workshops promovidos pela MADE. O projeto Paper Made, com uma seleção de obras em papel realizadas pelo curador Celso Fioravanti, também tornou-se um pilar importante. Confira alguns destaques desta edição, que trabalha como tema, as tramas.